Avaliação da eficiência pública municipal: o caso de Pernambuco
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.2003.820Palavras-chave:
Descentralização Fiscal, Eficiência Municipal, DEA.Resumo
O Brasil tem experimentado um controverso processo de transferência de recursos públicos da
União para os Estados e, principalmente, para os municípios, seguindo uma tendência mundial de valorização das esferas locais de governo. As polêmicas em torno da questão têm demonstrando claramente a necessidade de avaliação da gestão municipal. Este trabalho procura avaliar a eficiência pública na prestação de serviços pelos municípios do Estado de Pernambuco, por meio da estimação de fronteiras de eficiência, utilizando abordagem nãoparamétrica DEA (Data Envelopment Analysis). Os resultados permitiram concluir que a preocupação com as municipalidades com reduzido contingente populacional, demonstrada por diversos autores,
é procedente. Por outro lado, observou-se que os novos municípios criados no Estado a partir
de 1980, em geral, não figuram entre os mais ineficientes e possuem, em média, níveis de eficiência superiores aos do conjunto de municípios pernambucanos. Por fim, constatou-se que a eficiência no Estado, embora correlacionada com alguns fatores específicos, não possui um padrão típico. Da mesma forma, verificou-se que a filiação partidária do prefeito não tem um papel relevante na determinação dos níveis de eficiência municipal.