Desigualdades salariais entre Nordeste e Sudeste: explicações “estruturais” através de um modelo de busca por emprego com dados retrospectivos
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.2012.251Palabras clave:
Estimação Estrutural. Análise de Duração. Desemprego.Resumen
O artigo estima um modelo estrutural de busca a la Van Den Berg e Ridder para o Brasil, utilizando como evidência empírica a Pesquisa sobre Padrões de Vida, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A questão central metodológica é como obter identificação e estimação em um contexto de dados de duração retrospectiva, e não longitudinal. Mostra a viabilidade de estimar o modelo proposto, bem como o estima através de máxima verossimilhança. Como exercício empírico, explicita algumas diferenças “estruturais” entre os mercados de trabalho das regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. As grandes diferenças evidenciadas pela produtividade e salários pagos nas duas regiões parecem depender muito mais do grau de poder monopsônico dos diferentes mercados de trabalho do que dos parâmetros estruturais como probabilidade de oferta salarial ou probabilidade de quebra da relação de trabalho. Tais resultados podem contribuir para o permanente debate sobre diferenças regionais.