ESTIMATIVA DO CONSUMO DIRETO E INDIRETO DE RECURSOS HÍDRICOS: UMA ANÁLISE INSUMO-PRODUTO
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.2022.1134Palavras-chave:
Matriz insumo-produto, Recursos hídricos, Gestão da demanda.Resumo
O estudo objetivou mapear o consumo direto e indireto de água do estado do Ceará, de forma setorial e intersetorial, e medir os benefícios econômicos desse uso. Para tal, elaborou-se a matriz insumo-produto de recursos hídricos com base na matriz insumo-produto regional do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará considerando 32 setores e 58 produtos. Foi construído um vetor de consumo hídrico para o setor j no seu processo produtivo i, expresso em termos de coeficientes técnicos híbridos, visando transformar os fluxos monetários em fluxos físicos de água, de forma a representar o consumo de água de cada atividade econômica. Entre estes setores analisados, a agropecuária apresentou o maior consumo direto de água com 60,1%, gerando um retorno econômico de R$6,19/m³. Enquanto os setores da indústria e de serviços responderam, respectivamente, por 7,2% e 32,6% da demanda total de água do estado, apresentando os seguintes benefícios econômicos pelo uso da água: R$529,14/m³ e R$208,20/m³. Ao contabilizar o consumo indireto intersetorial de recursos hídricos verificou-se que os setores da Indústria e Construção Civil (62,6%) e de Serviços (27,4%) ampliam sua participação, respondendo juntos por 90% por este tipo de consumo.