LUCROS NÃO OPERACIONAIS DE EMPRESAS DE CAPITAL ABERTO NO SETOR DE EDUCAÇÃO BRASILEIRO: INTERFERÊNCIA NA POLÍTICA DE DIVIDENDOS?
DOI:
https://doi.org/10.61673/ren.2024.1555Resumo
Esse trabalho analisou a correlação entre lucros não operacionais e a política de distribuição de dividendos pelas empresas de capital aberto do setor educacional brasileiro por meio de seus respectivos payouts. Foram selecionadas empresas do setor educacional de capital aberto listadas na B3 e analisadas com as demais empresas listadas na B3 e entre elas. O período foi de 02 de janeiro de 2017 a 31 de dezembro de 2020. Foram estudadas as variáveis: payout e lucro bruto não operacional, além de yield e variação de preço das ações. Os resultados mostraram que as empresas de capital aberto possuem lucro não operacional superiores às demais listadas na B3, justificados por vendas de ativos, dados os movimentos de fusões e aquisições do setor. Além disso, esse realinhamento também poderia justificar a análise intrasetorial, onde o payout destas empresas foi menor naquelas onde o lucro não-operacional foi maior. Estes resultados, além de expressarem a rejeição das hipóteses de nulidade, mostram o quanto as empresas privadas de educação superior tornaram-se semelhantes às demais empresas de capital aberto registradas na B3 quanto a payout, yield e variação de preço das ações. Isto pode mostrar que a autonomia universitária também significou a mercantilização da educação.
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