Sustentabilidade ambiental da carcinicultura no Brasil: desafios para a pesquisa

Autores

  • Maria Cléa Brito de Figueirêdo Embrapa
  • Morsyleide Freitas Rosa Embrapa
  • Rubens Sonsol Godim Embrapa

DOI:

https://doi.org/10.61673/ren.2003.825

Palavras-chave:

Carcinicultura, Carnicicultura-sustentabilidade ambiental, Carnicicultura-impactos ambientais.

Resumo

O crescimento da carcinicultura em todo o mundo, e em especial no Nordeste brasileiro, tem
suscitado debates acirrados sobre a sustentabilidade ambiental dessa atividade em longo prazo e as vulnerabilidades dos ecossistemas brasileiros frente a grande quantidade e dimensão dos investimentos nessa área. Isso se deve às crises ambientais associadas ao rápido crescimento da atividade de carcinicultura em países como Taiwan, China e Equador. Nesses países, a degradação dos ecossistemas estuarinos contribuiu na proliferação de doenças e conseqüente queda de produção da atividade. Esse artigo tem como objetivo avaliar os possíveis impactos
ambientais da carcinicultura, realizar um levantamento inicial das ações de pesquisa existentes
nessa área e propor esforços de pesquisa no equacionamento das questões ambientais levantadas. São analisados os problemas ambientais relacionados às atividades de larvicultura, engorda e beneficiamento do camarão e propostas linhas de pesquisa que somem esforços nas discussões sobre a sustentabilidade da atividade nas microbacias em que estão inseridas.

Biografia do Autor

Maria Cléa Brito de Figueirêdo, Embrapa

Possui graduação em Ciências da Computação pela Universidade Federal do Ceará (1990), mestrado em Science and Technology Studies - Rensselaer Polytechnic Institute (1993) e doutorado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Ceará (2009), com área de concentração em Saneamento Ambiental. Realizou pós-doutorado na Wageningen University, Wageningen, Holanda, no periodo de 2011-2012, em avaliação de ciclo de vida de produtos, com enfoque nas categorias de impacto mudanças climáticas e escassez hídrica. Atualmente é pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Tem experiência na área de Avaliação de Impacto Ambiental, atuando no desenvolvimento e aplicação de modelos de avaliação de impacto ambiental de inovações agroindustriais, com ënfase em avaliação de ciclo de vida. 

Morsyleide Freitas Rosa, Embrapa

Graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1989), mestrado (1993) e doutorado (1997) em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pesquisadora visitante no Agricultural Research Service/USDA/WRRC, EUA, na área de compósitos biodegradáveis. Ingressou na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, em 1995 e, atualmente, é Pesquisadora A. Em 2007, foi reconhecida pela Embrapa com a Premiação por Excelência "Destaque Individual da Embrapa". É membro permanente dos corpos docentes dos Cursos de Pós-graduação em Química e Engenharia Química da Universidade Federal do Ceará. É líder do Projeto "Métodos e processos para aumento da escala de preparação de nanoprodutos de interesse do Agronegócio, da Rede de Nanotecnologia para o agronegócio - Rede AgroNano - mantida pela Embrapa e articulando cerca de 150 pesquisadores ao todo de várias unidades da Embrapa e Universidades. Coordena o Núcleo de Excelência em Tecnologia da Biomassa (Pronex) e mantém colaboração técnico-científica com França, Portugal e Canadá. Tem interesses de pesquisa nas áreas de nanocelulose, fibras vegetais, bionanocompósitos, biomateriais, hidrogéis e aerogéis.

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Publicado

2018-01-09

Como Citar

de Figueirêdo, M. C. B., Rosa, M. F., & Godim, R. S. (2018). Sustentabilidade ambiental da carcinicultura no Brasil: desafios para a pesquisa. Revista Econômica Do Nordeste, 34(2), 242–253. https://doi.org/10.61673/ren.2003.825

Edição

Seção

Artigos