Informe Macroeconômico, ano 2, n.82, 19 a 23 dez. 2022

Abstract

Maranhão e Piauí são destaques no crescimento do crédito em 2022: O saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nordestino atingiu o montante de R$ 701,1 bilhões de reais no final do mês de outubro de 2022, e superando a dinâmica nacional, apresentou crescimento de 20,7% nos últimos 12 meses, terminados em junho de 2022. No Brasil, na mesma métrica de comparação, o crédito avançou 18,5%. Entre os estados nordestinos, a maior elevação no saldo das operações de crédito ocorreu no Maranhão (+22,4%) e no Piauí (+22,2%). Balança comercial nordestina do agronegócio foi superavitária no acumulado até outubro de 2022: As exportações do agronegócio nordestino registraram incremento de 36,1% no acumulado até outubro de 2022, frente ao mesmo período do ano passado, enquanto as importações cresceram 14,4%. De modo, que o saldo da balança comercial do agronegócio foi superavitário em US$ 9,0 bilhões, minimizando o déficit total registrado pela Região (-US$ 6,2 bilhões). Valor da cesta básica do Nordeste apresenta queda em novembro: A Cesta Básica é calculada pelo Dieese em 17 capitais, e diante da estratificação de renda da população brasileira, é instrumento importante para acompanhar a evolução dos preços dos alimentos básicos. O valor da Cesta Básica do Nordeste apresentou uma redução de -0,7%, no mês de novembro. As outras Regiões registraram variações positivas, em que o Sudeste (+2,6%) se destaca. Das 17 capitais pesquisadas, apenas cinco têm variações negativas, e todas são do Nordeste: Aracaju (-0,7%), Natal (1,1%), Recife (-1,3%), João Pessoa (-1,3%) e Salvador (-2,1%). Apenas Fortaleza (+1,3%) apresentou crescimento no valor da Cesta Básica. Arrecadação do ICMS no Nordeste apresenta queda de 0,7% no acumulado do ano: A Região Nordeste, com uma arrecadação de R$ 96,6 bilhões, até outubro de 2022, teve uma perda real de 0,7%, comparado com o mesmo período de 2021. A principal causa é a queda na arrecadação do setor terciário (-1,5%), que pesa 41,7%, no total da arrecadação, e as perdas nos setores de energia (-2,8%) e petróleo e combustíveis (-2,3%), que participam, em conjunto, com 54,6% do total da arrecadação. Este setor é a principal referência da dinâmica da economia nordestina, fincada no comércio e serviços.