Informe Macroeconômico, ano 4, n.129, 01 a 05 abr. 2024

Abstract

Produção de grãos no Nordeste deve recuar 4,3% em 2024: A expectativa para a Safra de grãos no País para 2024 deverá alcançar 300,6 milhões de toneladas de grãos, quebra de produção em -4,7% frente à Safra passada, segundo o IBGE. Regionalmente, Centro-Oeste (-12,1%) aponta para maior perda de safra, seguida pela redução no Sudeste (-8,7%) e Nordeste (-4,3%). Mesmo diante da expectativa de quebra na Safra de grãos no Nordeste em 2024, com produção de grãos que deverá alcançar 25,8 milhões t de grãos, cinco estados ainda apresentarão incremento na produção de grãos. Agências oficiais de fomento aplicaram R$ 230,9 bilhões no Nordeste em 2023: Dos R$ 230,9 bilhões aplicados pelas agências oficiais de fomento, em 2023, 75,4% são da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. Os recursos do BNB foram R$ 45,4 bilhões (19,7%, do total). Os quatro maiores estados, representados por Bahia, Pernambuco, Ceará e Maranhão, receberam 67,2% do total de recursos das agências oficiais de fomento em 2023. Balança comercial do agronegócio nordestino apresenta superavit de US$ 11,72 bilhões em 2023: As exportações do agronegócio nordestino somaram US$ 13,75 bilhões, aumento de 2,3%, e as importações US$ 2,02 bilhões, queda de 22,5%, em 2023 frente a 2022. A balança comercial do agronegócio ficou, portanto, superavitária em US$ 11,72 bilhões, enquanto o déficit dos demais setores atingiu US$ 13,71 bilhões. Desempenho Orçamentário dos Estados Nordestinos em 2023: Beneficiados pela compensação da União de perdas relativas ao ICMS e aumento da alíquota desse imposto em alguns Estados, as receitas correntes no agregado dos nove estados nordestinos registraram crescimento em 2023, comparativamente a 2022, conforme dados divulgados pelo Tesouro Nacional. Nordeste registra segunda maior variação no valor da cesta básica em fevereiro: No Nordeste, a Cesta Básica de fevereiro apresentou aumento de +1,47%, principalmente pelos crescimentos dos preços do feijão (+4,6% e impacto de +0,3 p.p.), do tomate (+4,1% e impacto de +0,5 p.p.), da banana (+5,6% e impacto de +0,6 p.p.) e no arroz (+3,6% e impacto de +0,2 p.p.). Em doze meses, terminados em fevereiro de 2024, a Região Nordeste é a única com deflação (-4,4%) no valor da Cesta Básica.