Espírito Santo - Ecossistema Musical - Cultura - Sobre o Banco
Espírito Santo
O estado do Espírito Santo é uma mistura das etnias indígenas, africanas, principalmente da região do Congo, portuguesa, espanhola, italiana, alemã, tirolesa, pomerana, austríaca, francesa, árabe, dentre outras culturas e saberes que faz do nosso estado um verdadeiro caldeirão musical.
Nossa música capixaba é rítmica e nossa cultura popular tem na festa de Congo, com tambores e as casacas uma das suas principais representações desse fundamento. Acoplados aos instrumentos ocidentais como a viola, a sanfona, a concertina, a percussão e metais encontramos a sonoridade tradicional capixaba do Ticumbi, Rei de Boi, Folia de Reis, Bate Flecha, Pastorinhas, Jongos e Caxambus que representam a essência sonora de nossa região.
Essa sonoridade influencia a música contemporânea do Espírito Santo, produzida por capixabas e radicados na região, permitindo o desenvolvimento de diversas experimentações musicais que atravessam linguagens como a música instrumental, jazz, rock, forró, samba, pagode, piseiro, sertanejo, rockongo, rap, dub, funk, power reggae, brega, mpb, música eletrônica, afrocongobeat, dentre tantas outras novas roupagens musicais que colocam a produção musical capixaba em uma constante busca e experimentação por novas sonoridades que reflitam a nossa identidade como sociedade.
Atualmente, no norte do estado, prevalece popularmente o sertanejo e o piseiro, com destaque para Alemão do Forró, Daniel Caon, Elias Wagner e Felipe Fantin. No Forró, nós temos a vencedora do Festival de Forró de Itaúnas Bárbara Greco, além de Felipe Peó, Trio Clandestino, Trio Mafuá, Black do Acordeon, Forró Bemtivi, Forrofia, dentre tantos outros. Além disso, na música independente, destacamos Juliano Gauche, Cainã & A Vizinhança do Espelho, Sol na Cabeça, My Magical Glowing Lens e a artista Nogueira, bem como a banda de metal Gravekeepers.
Ao Sul, terra de Roberto Carlos e Sérgio Sampaio temos grandes instrumentistas e compositores da música independente brasileira, como os irmãos Lucas Arruda e Thiago Arruda, Ana Muller, Rabujah, Gavi, Aroldo Sampaio, Mary Di, Douglas Lopes, além de um novo movimento da região do Caparaó com as bandas Suindara, Roça Nova e o duo A Transe.
Já a região central, que contempla a capital capixaba e as cidades que compõem a Grande Vitória, terra de Nara Leão, apresenta-se a maior concentração de produção artística ativa e em desenvolvimento no estado. Dos Sambas-enredos das escolas de samba do carnaval capixaba, passando pelas bandas de pagode como Mais Astral, Pele Morena, Sambasoul, Sambadm. No funk capixaba tem destaque com WC no Beat, Neguinho do ITR e Jefinho Faraó, que também tem o projeto independente de dub Soltos e Prensados, linguagem em que também se destaca o artista J3. No rap, vale destacar nomes como César Mc, Budah, Dudu, Afronta Mc, Suspeitos Na Mira, Mc Adikto, Cyeli, Afari, Beth Mc, Solveris, Noventa e toda uma cultura de rodas e batalhas de rap se desenvolvendo em torno disso.
Na música independente da região central capixaba temos projetos em plena atividade como Casaca, Macucos, Rastaclone, Dead Fish, Supercombo, Gabriela Brown, André Prando, Daniel Furlan, Morenna, Mukeka di Rato, Fábio Carvalho, Fepaschoal, Luiza Boê, Anderson Ventura, Monique Rocha, Amaro Lima, Fabriccio, Herança, 5Nós, Manfredo, Roberta de Razão, Izar, Mackaco, Pedro de Alcântara, Wanderson Lopez, Zé Moreira, Trio Baobá, Sandrera, Carlos Papel, Xavi, Fábio Pinel, Lula D’Vitória, Joabe Reis, Aline Garruth, Dorkas Nunes, Chay Suede, Thaysa Pizzolatto, Vitu, Dan Abranches, Shitsunami, Intóxicos, Joabe Reis, a banda Auri, dentre tantos outros.
Atualmente o grande destaque capixaba nacional é o artista Silva que circula por todo o Brasil com seu show em diversos formatos, de solo a bloco de carnaval, sendo reconhecido por sua composição inteligente e sua música divertida, envolvente e dançante.
Daniel Morelo
Fábio Carvalho
Daniel Morelo
Fábio Carvalho
Fábio carvalho é capixaba, devoto de São Benedito, músico percussionista e cantor, bacharel em composição musical pela UFES, pesquisador dos ritmos afro- capixabas e brasileiros, Dj, gestor social, fazedor de cultura, diretor artístico e curador do Festival Torta Black de Cultura Negra, Pós graduando com especialização em Políticas e Gestão Cultural pela UFRB, BA.