Imagine a jovem Luísa, oriunda de família de baixa renda, buscando por oportunidades para ajudar sua família. Uma perspectiva que pode se abrir de imediato é empreender, apesar de já ter experiência de vendedora de loja está iniciando seu próprio negócio, mesmo com poucos recursos financeiros para investir.

Talvez não seja interessante nesse momento abrir loja física, devido aos custos com energia, água, manutenção etc. Estar nas redes sociais (Instagram, Facebook, Youtube, Tik Tok) pode ser suficiente para realizar vendas e iniciar suas atividades, ainda assim, é possível que o resultado esperado não seja imediato. Sabemos que leva tempo para os clientes conhecerem as empresas.

Nesse caso, qual seria uma possível abordagem para essa empreendedora iniciar no mercado? Como ela poderia gerar vendas mais rápido?

Uma alternativa interessante são os “marketplaces”. Plataformas disponíveis na internet que se caracterizam por serem verdadeiros shoppings, onde compradores e vendedores utilizam-se do acesso ao mundo virtual, sem limitações de localização e de horário.

Nos “marketplaces”, o negócio pode atuar como fornecedor de produtos, criando sinergias que geram excelentes resultados para a atividade comercial.

Do ponto de vista dos empreendedores, na plataforma há espaço de ampla visualização ao serem realizados os cliques, sem a necessidade de elevados custos para manutenção do negócio, com a possibilidade de ofertar diversos produtos mesmo sem ter muito estoque, entender mais assertivamente quem compra os produtos e os serviços, mediante a utilização de indicadores de consumo disponíveis por meio digital, entre outros.

Do ponto de vista da plataforma, pode-se ofertar uma infinidade de produtos, gerando assim baixos custos e com a responsabilidade concentrada no vendedor, sendo este constantemente avaliado pelos clientes.

Importante mencionar que os produtos são apenas um dos pontos observáveis do comércio, sendo, por isso, fundamental conhecer a jornada do consumidor desde a solicitação do pedido até o pós-venda, como o cliente interage e como ele divulga para outras pessoas, seja por meio de redes sociais, seja como formador de opinião.

Conhecer também as reclamações no “marketplace” e o que pode ser melhorado são balizadores para dinamizar os empreendimentos. Nos canais digitais costumam ser expostas as dores e as alegrias do nível de atendimento comercial, quais os comportamentos manifestados e daí, planejar melhor os rumos da empresa.

Vale ressaltar que, o Brasil é um dos países que mais compra via internet. Dentre os produtos, destacam-se: eletrodomésticos, itens de saúde e beleza, moda e acessórios, livros, informática, entre outros.

Partindo desse ponto, são abertas oportunidades: campanhas de fidelidade, benefícios de “cashback” – método onde o consumidor recebe parte do valor de volta ao efetuar a compra – acúmulo de pontos, parcerias, diversas formas de pagamento, fretes, promoções cruzadas, dentre outras que auxiliam em longo prazo na geração de vendas. Clientes e empresas ganham juntos!

Aspecto importante a ser considerado, é que não basta apenas ter presença no marketplace, é fundamental que a loja seja confiável.

A confiabilidade exige, entregar o item em conformidade com o apresentado no site/aplicativo, dentro do prazo, adotar mecanismos de segurança para evitar possíveis fraudes, constar informações seguras para que o cliente volte as compras, indique a outros (divulgação “boca a boca”) e que este até mesmo se torne entusiasta da marca.

Assim, a jovem Luísa poderá estabelecer parceria com sites conhecidos, criar oportunidade de renda, comercializar maior quantidade de itens à medida que ganhar confiança nas vendas de forma gradativa, para isso, deverá prestar um bom serviço, sempre atenta aos pedidos dos clientes.

“Marketplaces” podem passar a imagem de que são apenas para grandes empresas, já conhecidas, mas o fato é que há espaço para vários segmentos, especialmente microempresas e empresas de pequeno porte. Já pensou nessa possibilidade? Eles já são a oportunidade acessível a vários empreendedores!

Riccardo Sales

Gerente de Negócios