Voltar Voltar

Banco do Nordeste Cultural expõe xilogravuras do paraibano Ciro Fernandes na Pinacoteca do RN
Cultura Natal (RN), 19/10/2022

Depois do sucesso de visitação da exposição Novas Aquisições, que apresentou ao público obras de artistas potiguares entre os meses de julho e setembro, o Banco do Nordeste Cultural volta a ocupar os salões da Pinacoteca do Estado com peças de seu acervo artístico. Dessa vez, o público natalense vai ter a chance de conhecer as xilogravuras do paraibano Ciro Fernandes, que foram expostas recentemente no Centro Cultural do BNB de Sousa. A mostra será aberta no dia 22, às 10h, permanecendo até o dia 31 de janeiro de 2023.


A exposição é composta por 22 xilogravuras que contam a trajetória do artista desde os anos 1970 e que compõem o acervo do Banco do Nordeste. Entre as mais de 1.200 obras catalogadas há uma coleção de gravadores de todo o Nordeste. Na Pinacoteca, os quadros serão apresentados agrupados em temas do trabalho, festejos, religiosidades e imaginário popular. Além das gravuras, serão expostos livros de diversos autores encapados com a arte de Ciro Fernandes.


A xilogravura é uma técnica antiga, originária da China, muito difundida no Nordeste nas capas dos folhetos de literatura de cordel, mas que só a partir dos anos 1960 passou a ser considerada arte, assumindo autonomia artística independente da ilustração pura e simples. Ciro Fernandes é considerado um exemplo dessa transformação. Nas telas e capas de livros, as xilos recriam o imaginário cotidiano do Nordeste, que é sua origem.
 
“Ciro é paraibano, completou 80 anos em janeiro e merece nossa homenagem. Estamos iniciando um intercâmbio entre obras de arte de artistas de outros estados e, ao mesmo tempo, fortalecendo a parceria com a Pinacoteca do Estado, uma vez que a ideia é termos exposições temporárias do BNB nesse espaço”, explica a consultora cultural do Banco do Nordeste Jacqueline Medeiros. 
 
Sobre o artista: 
Ciro Fernandes nasceu em Uiraúna, no alto sertão da Paraíba, em 1942. Ele vem de uma família de artistas, aparentada dos mestres Vitalino de Caruaru e Severino de Tracunhaém. É desenhista e gravador, mas já experimentou várias técnicas de arte. 
Como muitos nordestinos, mudou-se para São Paulo aos 17 anos de idade, onde foi operário e trabalhou nos açougues da zona leste da cidade. 
 
Depois, fixou residência no Rio de Janeiro e, na feira de São Cristóvão, importante reduto da cultura nordestina na capital fluminense, começou a fazer xilogravuras gratuitas para os poetas de cordel. 
O artista plástico, que ainda mora no Rio de Janeiro, já fez pinturas, desenhos e xilogravuras, inclusive capas de livros para Orígenes Lessa, Raquel de Queiroz, Ana Maria Machado e Gilberto Freire, entre outros.
 
Banco do Nordeste Cultural
O Banco do Nordeste Cultural é uma estratégia voltada ao fortalecimento das cadeias produtivas da cultura, visando à ampliação e disponibilização de ações culturais em todos os estados da área de atuação do Banco. Envolve os acervos artístico, histórico e bibliográfico, os Centros Culturais da instituição, a ocupação de equipamentos culturais, o patrocínio a projetos do segmento, a pesquisa e o crédito para empresas que movimentam o setor.
 
Como parte cultural da programação dos 70 anos do BNB, além das exposições, são realizadas outras atividades em 70 municípios da área de atuação do Banco, como o projeto Galerias Urbanas em 60 cidades da região e apresentações especiais nos Centros Culturais BNB, localizados em Fortaleza (CE), Cariri (CE) e Souza (PB). Para conhecer um pouco mais as ações desenvolvidas pelo Banco do Nordeste Cultural, acesse o perfil no Instagram @bancodonordestecultural. 
 
Serviço: 
Exposição Ciro Fernandes - 50 anos de xilogravuras
Abertura:
22 de outubro, 10h
Visitação: 23/10/22 a 31/01/23
Ter a Sex, 8h às 17h
Sáb e Dom, 9h às 16h
 

TAGS
ccbnb