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COP30: Presidente do Consad do BNB destaca urgência da restauração produtiva da Caatinga em painel do BNDES
Sávia Gavazza apresentou iniciativas recentes do banco voltadas à preservação do Bioma.
Sustentabilidade Belém (PA), 17/11/2025

A presidente do Conselho de Administração (Consad) do Banco do Nordeste, Sávia Gavazza, defendeu nesta sexta-feira (14), na COP30, a necessidade de ampliar ações de restauração produtiva na Caatinga como estratégia central para enfrentamento das mudanças climáticas no Semiárido. Ela participou do painel “Programa Recaatingar e Floresta Viva 2: Ações para a Recuperação da Caatinga”, promovido pelo BNDES, que reuniu representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e organizações dedicadas à conservação do bioma.

Em sua participação, Sávia reforçou que a recuperação da vegetação é determinante para melhorar as condições ambientais e sociais da região. “Precisamos continuar plantando árvores para colher água. A restauração ajuda a melhorar o microclima e criar condições para reverter o cenário atual. É fundamental que o reflorestamento seja feito com produtividade”, afirmou.

A presidente do Consad apresentou ainda os investimentos recentes do Banco do Nordeste voltados ao bioma. Apenas em editais de preservação e recomposição da Caatinga, já são R$ 41 milhões aportados pela instituição. Ela destacou também o Plano de Transformação Ecológica, lançado em parceria com o BNDES, que prevê mais R$ 100 milhões destinados exclusivamente à Caatinga para projetos de restauração, manejo sustentável e fortalecimento de cadeias produtivas compatíveis com o Semiárido.

Desafios e prioridades no bioma

O diretor do Departamento de Combate à Desertificação do MMA, Alexandre Pires, reforçou a dimensão do desafio na região. Segundo ele, 214 municípios inseridos no território da Caatinga estão classificados com alta ou muito alta vulnerabilidade climática, o que exige políticas coordenadas e investimentos contínuos.

O MMA estima que mais de 10 milhões de hectares do bioma precisam ser restaurados para recuperar serviços ecossistêmicos essenciais, reduzir processos de desertificação e ampliar a segurança hídrica da população.

No caso do Programa Recaatingar, foram apresentados os indicadores utilizados para orientar a priorização das áreas, como índice de secas, aridez e níveis de pobreza rural — elementos centrais para identificar territórios mais pressionados e com maior risco socioambiental.

Além da participação no painel, Sávia Gavazza cumpriu agenda paralela na COP30. Ela se reuniu com a Global Wind Energy Council (GWEC) para discutir fomento à indústria eólica nacional, atração de investimentos produtivos, instrumentos fiscais e financeiros sustentáveis, estímulos à exportação de energia limpa e equipamentos, além da integração com a agenda de economia verde. A presidente do Consad também mediou o painel “Leilão HD”, promovido pelo Ministério da Fazenda.

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