Banco do Nordeste destina R$ 800 milhões para setor sucroenergético em 2023
As empresas que trabalham com produção de cana de açúcar na área de atuação do Banco do Nordeste (BNB) terão R$ 800 milhões a disposição para contratações de crédito, em 2023. A programação de recursos para o próximo ano representa um aumento de 24% em comparação a 2022, quando foram contratados R$ 645 milhões. No Maranhão, o volume de recursos liberados para o segmento foi de R$ 788 mil em 129 operações de crédito.
Segundo o presidente do BNB, José Gomes da Costa, o alinhamento entre o crescimento da atividade canavieira e a modernização de processos do BNB está permitindo a evolução dos financiamentos do setor. "O Banco do Nordeste está preparado para apoiar a expansão com inovação e modernização da produção. Já temos experiência de fazendas com alto nível de automação que elevaram a produtividade", afirma.
Entre as linhas disponíveis para o setor estão FNE Sol Produtor Rural, FNE Agro Inovação, FNE Agro Conectado, que utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para incentivar a adoção de novas tecnologias no meio rural.
Setor em expansão
A atividade sucroenergética no Nordeste vem apresentando crescimento nas últimas safras. Segundo dados do Sindicato da Indústria do Açúcar no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar), a produção de cana de açúcar apresentou alta 7,2% entre as safras 2020/2021 e 2022/2023. O mesmo aconteceu com açúcar (6%) e etanol (1,4%).
De acordo com José Gomes da Costa, o BNB vem apoiando o aumento na produção do setor. "As contratações do Banco com o setor em 2022 já foram 72% acima dos desembolsos de 2021. E ainda há espaço para crescer em todo o Nordeste ", afirma.
Para o presidente do Sindaçúcar, Renato Cunha, o aumento nas atividades tem sido reforçado pelo Banco do Nordeste por meio de eventos de aproximação com o setor para discutir a disponibilização de crédito e as iniciativas de sustentabilidade. “O BNB é muito focado no agronegócio e nesses encontros vem mostrando suas metas, fala do que é mais importante hoje que é a parte social e ambiente, e eu considero muito importante essa agenda de aproximação e troca de experiência entre banco e clientes”, afirma.